19/05/2010

Escrevendo ou não...

Postado em 19.5.10  | No marcador  



Estes dias não tenho tido vontade de escrever por aqui. Não sei por qual motivo direito. Se é pela minha desesperança neste método terapeutizador (eu me sinto realmente melhor quando escrevo?) ou se é pela minha insalubre existência (eu realmente preciso de uma terapia!) Convenhamos que eu sou uma criatura que reclamo muito dos dissabores da vida, não abertamente é claro, mas internamente, intimamente, a vida me inquieta... Eu deveria não acusar diretamente a vida. Eu amo a vida...

Estou agora para escrever uma frase forte e pesada. Talvez os poucos leitores dessa página pensem que sou uma suicida em potencial, mas acalmem-se, eu sei controlar minha pulsão de morte (não me peçam para explicar o que é isso, aliás nem sei explicar direito, mas Freud explica... Só pra reforçar, não, eu não vou ser psicanalista! Pulsão de morte, reforçar, existência? Isto só poderia provir de uma estudante de psicologia ainda baratinada...) Bem, essa frase eu disse a um amigo tão amargurado quanto eu e ele imediatamente se identificou. Continuando, acho que toda vida é linda, humana ou não, linda não no sentido de sua existência, mas de sua essência. Deixa ver se eu consigo explicar, concretamente a maioria dos seres vivos vive em condições precárias, são violentados, explorados, ameaçados, enganados, desrespeitados. A vida não parece ser lá grande coisa nessa perspectiva. Mas, se a gente parar bem pra pensar como a vida se origina levando em conta os aspectos reprodutivos, a gente se depara com seu valor intrínseco, o de gerar. É vida que gera vida e da vida se geram muitas outras coisas. E se a gente leva em conta antecedentes não biológicos, a gente se depara com seu valor impenetrável, o de milagre. Daí já não dá pra se dimensionar muita coisa, a vida acontece sem explicação lógica.

Aí eu paro e me deparo diante das coisas que acabei de escrever e me pergunto: Concretamente as coisas não vão muito bem, e daí? As coisas concretas podem ser mudadas e mudam, para melhor ou pior, depende da gente. Mas a essência é imutável, a vida não vai deixar de gerar, nem de ser milagre... Ela vai continuar vida! E mesmo que a nossa existência seja mesquinha e enfadonha, essa será apenas uma pequena parte do grande processo. A vida é bela, como dizem por aí, mas o existir, nem tanto... É por isso que eu disse ao meu amigo: "Eu amo a vida, o que eu odeio é viver!" Ele até ficou emocionado, não é amigo?

Não sei se você me entende, é que a prolixidade me impede de ser mais exata!

dri chaves
 
comchaves.blogspot.com

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