Minha paz não é pequena
Embora em bile, em gotas amargas
E feridas serenas.
Minha paz é cicatriz.
Abre-se no riso que surge,
Mesmo que em fantasias,
Mas minha paz não é pequena.
Mesmo que em tempos de hipocrisias,
Rega-se no amor
E renova-se na dor
E disto talvez nem precisasse
Pois esta paz é noite e dia
É norte, morte, solidão...
Mas na minha paz: tua mão amiga, tuas mãos!
As minhas vazias e silenciosas,
Mudas do que tem dentro de mim.
Minha paz que não é pequena
Sangra em gotas de ingratidão!
Ela não é pequena,
É vulcão, bexiga, constatações...
Essa paz é vento
É tempo, vírus, inquietudes ...
Sementes...
Nilson Ericeira
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