Os adolescentes americanos fumam e
bebem menos do que os jovens europeus, mas se drogam mais, revelou um estudo
realizado nos Estados Unidos e em 36 países europeus, divulgado na última
sexta-feira (1º) pela Universidade de Michigan.
Segundo pesquisas realizadas em
cada país, cerca de 27% dos jovens americanos beberam álcool durante o mês
anterior à pesquisa, frente a uma média de mais que o dobro (57%) dos europeus.
Só os islandeses bebiam menos (17%).
Em muitos estados americanos é ilegal
comprar álcool antes dos 21 anos. Com relação ao tabaco, 12% dos americanos
fumaram durante os meses anteriores à consulta, contra uma média de 20% dos
europeus. A Islândia ganhou novamente o título de moderação, com 10%.
Segundo Lloyd Johnston, principal
autor do estudo feito nos Estados Unidos, "o consumo de tabaco e álcool
foi diminuindo nos Estados Unidos no nível mais baixo em 37 anos de realização
da consulta da Universidade de Michigan", acrescentando que este tipo de
consumo sempre foi mais baixo do que na Europa.
Ao contrário, os jovens americanos
consomem mais substâncias ilegais do que os europeus. Com 18% de consumo de
maconha, os jovens americanos só são superados pelos adolescentes da França
(24%) e de Mônaco (21%). O consumo médio europeu é de 7%. O fácil acesso à
maconha e à escassa consciência dos perigos que representa explicam estes
números, segundo as respostas dadas pelos jovens aos pesquisadores.
Os americanos são os principais
consumidores de outras drogas mais fortes (excluindo a maconha), com um consumo
de até 16% frente a 6% da Europa, que inclui alucinógenos como o LSD (6% frente
a 2%), o ecstasy (7% frente a 3%) e as anfetaminas (9% contra 3%). No entanto,
a taxa de consumo de certas drogas, como a cocaína (3%), o crack (2%), a
heroína (1%) e os esteroides anabolizantes (1%) é algo similar às dos europeus.
"Está claro que os Estados
Unidos registra taxas baixas de consumo de cigarro e álcool, embora não tão
baixas quando desejaria, mas o consumo de drogas entre os adolescentes continua
sendo muito importante", disse Johnston.
O estudo, o quinto do tipo, se
baseou na compilação de estudos feitos nos Estados Unidos com 15.400 jovens por
parte do Instituto de Pesquisas Sociais da Universidade de Michigan e na Europa
com pelo menos 2.400 jovens com idades entre 15 e 16 anos em cada país, somando
100.000 adolescentes.
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