A presidente
Dilma Rousseff manifestou preocupação humanitária e pessoal, segundo ela
própria, com a saúde do deputado federal José Genoino. Em entrevista a rádios
religiosas de Campinas, Dilma foi surpreendida por uma questão sobre o
mensalão, mas não fez comentários a respeito da decisão do Supremo Tribunal
Federal (STF). “Eu me manifestei sobre a saúde do deputado Genoino. Primeiro
porque eu sei das condições de saúde dele, sei que toma anticoagulante. E, ao
mesmo tempo, tenho relação pessoal com a família do Genoino”, afirmou a
presidente. “Estive encarcerada com a mulher do Genoino no período da ditadura
militar”, completou.
Na última
segunda-feira, em encontro com líderes governistas no Senado, Dilma disse que a
situação de Genoino “é crítica” e repreendeu também o advogado do deputado,
Luiz Fernando Pacheco. Na ocasião, a presidente disse que ele “foi mole” ao não
ter conseguido prisão domiciliar para seu cliente mesmo tendo em mãos um laudo
que atestava a situação de saúde de Genoino. “Manifestei minha preocupação com
ele em caráter estritamente pessoal”, explicou Dilma hoje às rádios.
Sobre a
condenação dos réus do mensalão e as primeiras prisões executadas, Dilma se
amparou na Constituição Federal e disse que os poderes são independentes. “Não
me permito, como presidenta da República, fazer qualquer observação, análise ou
avaliação sobre atos do Poder Judiciário. Em especial às decisões do Supremo
Tribunal Federal”, afirmou.
A presidente
falou ainda que “é conduta exigida dos presidente dos poderes” o respeito ao
outro poder. “Enquanto eu for presidente, não faço análise crítica de sentenças
da Suprema Corte do meu País”, garantiu. Dilma ponderou, no entanto, ter
convicções pessoais, que não serão expressas publicamente enquanto ela ocupar a
cadeira presidencial.
Jornal Pequeno
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