10/09/2011

Após operação, Ibama desativa uma madeireira por dia no Maranhão

Postado em 10.9.11  | No marcador  Notícia



Desde o início da Operação Maurítia, desencadeada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em Buriticupu, cidade distante 380 quilômetros de São Luís, dez madeireiras foram desativadas pelo órgão por usar madeira extraída de forma ilegal da Reserva Biológica do Gurupi e das terras indígenas Arariboia, Alto Turiaçu, Caru e Awá.

Ao todo, durante os primeiros dez dias de operação, o Ibama aplicou R$ 1,9 milhão em multas e apreendeu 3,2 mil metros cúbicos de madeira irregular. O volume de madeira apreendida seria suficiente para encher 160 caminhões. Ao todo, 15 madeireiras das aproximadamente 30 instaladas na cidade já foram fiscalizadas pelo Ibama. Em média, uma madeireira irregular é desativada por dia em Buriticupu.

O número de madeireiras que foram fechadas no Maranhão nestes dez dias, por exemplo, é igual à quantidade de empresas irregulares no pólo madeireiro que funcionava de forma clandestina em Nova Ipixuna (PA), onde morreu o casal José Cláudio e Maria do Espírito Santo em maio deste ano.

Nestes primeiros dez dias de operação, também foram flagrados 20 pontos de armazenamento de madeira nativa dentro da Reserva Biológica do Gurupi. No local, foram encontradas madeiras nativas prontas para serem comercializadas como louro, jatobá, maçaranduba, ipê e amarelão.

Durante as fiscalizações, até mesmo crianças e adolescentes foram flagradas em situação de trabalho escravo, ganhando R$ 60 por mês. O número de crianças e adolescentes nessa situação, até o momento, não foi divulgado. Ao todo, 130 homens do Ibama, da Polícia Federal, Força Nacional, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, Ministério do Trabalho e Sistema de Proteção da Amazônia estão na cidade participando da Operação Maurítia.

O Ibama, até o ano passado, não vinha cumprindo a determinação da Justiça Federal alegando falta de funcionários na região. O Ministério Público Federal do Maranhão também pede na Justiça a instalação de uma base permanente do Ibama na área para intensificar a fiscalização sobre essas madeireiras.
 


Luis Cardoso


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