07/10/2011

A alma geme pelas incertezas do amanhecer!

Postado em 7.10.11  | No marcador  Expressão



Nesta quarta, e que não é de cinzas, o entardecer pode chegar sem sol, apenas as negras nuvens molharão meu corpo castigado pelo sonho que descansará em paz. 

Mesmo existindo a certeza de Alguém maior que abana suas ovelhas desprovidas de calda, ainda assim lacrimejados pela dor meus olhos escorrem e tentam afogar o chão de uma manhã de lembranças.

Sentado e descalço, com a face da madrugada estampada, este homem se desfez em pedaços como uma criança que clama por seu brinquedo. 

Das azas que lembro, apenas aquelas que não querem voar, das minhas poucas penas, a vontade, triste vontade de persistir.

O retorno seria agora a reflexão de uma vida quando os pés descalços pediam para ter com os irmãos, seria refletir sobre as mortes sem o gozo do sossego antecipado, será lembrar dos amigos que partiram, será perceber que a doação é apenas minha. 

Retornar será ter de volva meus pés descalços na rua que cresci e aprendi as pequenas e belas passagens de uma vida simples, retornar será sentir o gosto das lágrimas, não as de uma derrota, mas as da certeza que falta OPORTUNIDADE.

A alma geme pela incerteza do amanhecer, pelas lembranças dos sorrisos que posso deixar, por um capítulo a mais, e este sem um fim que mereça registro. 

A alma geme!!!...

Ailton Barros 

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