As
temperaturas registradas na Terra em 2011 estão entre as mais altas desde que
as medições começaram a ser realizadas em 1850, afirma relatório divulgado
nesta segunda-feira pela Organização Meteorológica Mundial (OMM).
Esta
conclusão é destaque na versão preliminar da declaração anual da OMM sobre o
estado do clima mundial, que foi apresentada na 17ª Conferência das Nações
Unidas sobre Mudança Climática (COP17) na cidade sul-africana de Durban.
"Nossos
dados científicos são sólidos, demonstram que o mundo está se aquecendo e que
este aumento de temperatura é atribuído às atividades humanas", afirmou em
comunicado o secretário-geral da OMM, Michel Jarraud.
De acordo
com o cálculo provisório da organização, durante 2011 (entre janeiro e outubro)
a temperatura do ar na superfície da Terra e do mar se situou em 0,41 graus
centígrados acima da média anual do período entre 1961 e 1990.
"Este
é o 10º ano mais quente desde que começaram os registros em 1850",
ressalta o documento. Além disso, o período 2002-2011 se iguala ao 2001-2010
como a década mais quente registrada até o momento, com 0,46 graus centígrados
de aumento de temperatura.
Baseado
nestes números, o subsecretário-geral da OMM, Jeremiah Lengoasa, disse durante
a apresentação do relatório que "a mudança climática é real" e que
"as temperaturas continuarão subindo". Já Jarraud destacou que
"a concentração de gases do efeito estufa na atmosfera alcançou novos
máximos".
"Essa
concentração está se aproximando muito rapidamente de níveis que poderiam
refletir um aumento de 2 a 2,4 graus centígrados na temperatura média mundial,
o que de acordo com os cientistas, poderia desencadear mudanças irreversíveis e
de amplo alcance em nosso planeta, assim como em nossa biosfera e
oceanos", acrescentou.
O
relatório da Organização Meteorológica Mundial se baseia em dados procedentes
de estações de estudo do clima, navios, boias e satélites.
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