Não
posso esconder de forma alguma esse meu estado de ânsia, já que fora provocado
por minha esperança em uma relação estável regada a favores, segredos,
companheirismo e muito carinho, não posso ou não quero nesse momento
compreender mais nada.
Assim
como escrevo dotado de incertezas sobre o futuro, e não falo desse futuro
amanhã, mas penso em algo mais profundo, que diz respeito não só a mim, mas a
todos aqueles que estão sob meu olhar.
Eu
poderia talvez tentar munir-me de maturidade respirando bem fundo e seguindo em
frente, mas, vivo nos traços da pura realidade, e essa nunca deixa de ser cruel.
A
ingratidão não faz parte do meu eu, reconheço os inúmeros abraços, reconheço tanto
que doei um tempo em meu diálogo com Deus pra pedir atenção em seus caminhos
estreitos.
Dificilmente
poderia eu pisar em minha gleba amada sem ir ter em nossos encontros, sinto-me ligado
profundamente a uma relação que surgiu em meio a conflitos, graças a força que
depositamos um no outro nunca fomos tocados pelas faíscas a que estão sujeitos
todos os abraços.
Mesmo
nas alegrias ou nas quase eternas fossas, as mãos estavam lá, encontrando
aconchego uma na outra. Podes me entender se assim quiseres, assim como sei que
não tens o direito de dotar-se da crueldade para com esses meus sentimentos, o
ouvido era a ferramenta necessária na noite de mais um sábado.
Há hora para tudo, é
chegado o momento de calar para dar lugar ao tempo, só não esqueça que
esse coração pulsante aqui dentro, é
humano! E este, antes que seja consumido pela nobre terra, apenas tem o dom de
amar, ainda que receba a incompreensão como resposta.
Ailton Barros
Vim agradecer por ter comentado em meu blogue. Saiba, que com isso, aquele espaço, tornou-se mais visivel.
ResponderExcluirQuanto ao seu texto, vou copiar Guimarães Rosa..." só o amor, faz o coração espaiá, para todos os lados"
Belissimo e de profundidade densa, o seu texto
Parabens