Até quando essas águas molharão
este que nada sabe a não ser que sentes o que não deveria sentir?
Quando findares o caminho, triste
estrada de uma sina amarrada a desamores, esta que deveria ser a minha é muito
mais dele que nem sei o que fica após a maré de reconciliação.
Inda que a hora se finde e aquela
que é última a cessar encontrar a parada final, ainda restarão cinzas da mal
vivida e infinita linha do horizonte.
O fim, ou aquele que deveria ser,
se mostra da sacada entre as folhas das palmeiras entre a insistência da brisa
em esconde-lo.
O mar de uns abraços escarnece e
lembra o gosto singelo regado a jasmim que emana das belas e molhadas areias da
praia.
Sem que haja condições de fuga,
as finadas pétalas saem sem a despedida para selar mais um adeus, sem os
porquês de espinhos que nos deixam o cheiro das brancas e vermelhas rosas.
Ora vida desalmada! Então não és tu
a forca armada que culminará com minha vitória sobre aqueles que me beijaram?
Sei bem que nada tenho a
reclamar, sou o verdadeiro, o único culpado pelos lábios que devoraram minha
carne frágil e insana pelos prazeres de uma vida regada a um jardim de sábado
com três amores e um portão branco pra evitar a fuga daqueles que tanto amamos!
Ailton Barros
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