
Homem passa em frente a uma delegacia que foi incendiada após o anúncio das condenações
Um manifestante morreu neste sábado (9), no Cairo, durante enfrentamentos com a polícia nos arredores da praça Tahrir, logo após um tribunal confirmar sentenças de morte contra 21 torcedores de futebol que participaram de um tumulto no estádio de Port Said, na região de Suez, no ano passado.
A
vítima, que não teve o nome divulgado, seria um torcedor do time Al Ahly, que
morreu asfixiado após inalar gás lacrimogêneo disparado pelas forças de
segurança contra o protesto. Ele chegou a ser socorrido, mas não resistiu. Os
serviços de saúde da capital egípcia informaram que ao menos 65 pessoas ficaram
feridas.
Além
das condenações, os manifestantes também protestavam contra a absolvição de
sete membros da polícia que estariam envolvidos na tragédia no estádio.
Relembre o caso
Uma
briga entre torcedores de times da cidade de Port Said, no Egito, acabou em
tragédia. O confronto entre os fãs dos rivais históricos Al-Masri e Al-Ahli, um
dos principais clubes do país, resultou na morte de 74 pessoas, entre elas um
policial, até a tarde desta quarta-feira, segundo o governo, via a TV estatal
egípcia. São 188 feridos também.
Na
época, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, afirmou que era um "dia
negro" para o futebol. "Estou atordoado e lamento muito saber que,
nesta noite, um grande número de torcedores de futebol morreu em uma partida no
Egito", comentou.
O prefeito de Port
Said, El-Amiry, disse que as mortes foram causadas pelo tumulto e por
sufocamentos. Um médico de um necrotério da cidade disse que alguns dos mortos eram
agentes de segurança. O vice-ministro da Saúde, Hesham Sheiha, afirmou: "É
o maior desastre da história do futebol do Egito". (Com agências
internacionais
uol
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