19/10/2010

A árdua missão que escolhi para minha vida canora.

Postado em 19.10.10  | No marcador  

   
    A semana que findou-se, me levou a uma reflexão silenciosa sobre os rumos que devo tomar em relação a minha vida como educador.

    Educador? Não tenho certeza de que posso usar esse termo para designar minha função na sala de aula, penso que somos incapazes de educar um homem apenas entre as paredes de uma escola, não é possível esquecer-se da casa, da rua e de muitos outros “educadores” que a vida pode oferecer.

    É difícil elencar quais ferramentas posso usar para fazer meu aluno entender que só há duas opções, a escola e a rua. Onde posso encontrar atrativos eficazes para contrapor com a imensidão dos becos? Essa resposta talvez seja a busca de muitos que se atrevem a lecionar.

    Há doação durante horas na preparação de um encontro perfeito, expectativas são criadas, e ao chegar da hora, a realidade que encontramos é que às vezes não existe interesse na novidade que tomou centenas de minutos de vida. E quem culpar em uma hora dessas?

    A culpa do andar capenga da educação está em um conjunto de fatores não muito difíceis de serem mensurados, basta fazer uma pausa e analisar de que forma as sociedades estão se formando, como está a família, como estão sendo geridas as nossas políticas públicas, como está o amor que Deus nos pede uns com os outros. Depois de eternos minutos de reflexão obteremos uma hipótese que poderá fomentar não uma, mas milhares de respostas na palma das mãos, porém sem condições de alcance por uma andorinha só.

    A relação professor aluno é extremamente importante, mas esta depende de uma série de elementos e esses nem sempre estão sob nosso controle, quando falo da família, é porque de lá o aluno trás os primeiros valores de convivência que serão cruciais para uma socialização pacífica.

    Os papéis são complexos no ambiente educacional, canso de ver o professor sendo crucificados pela mídia por gritar de mais, por medidas que às vezes não são as mais corretas, “todos querem proteger”, mas na verdade a mídia tenta marginalizar e não olha para os séculos de educação pra perceber que a classe docente sempre levou os ônus dos dissabores. O professor quase nunca é lembrado quando uma nação avança, e só há evolução em qualquer área que seja se esta passar pelo crivo educacional.

    Reconheço-me como um professor em construção, para tanto meus erros são freqüentes, tenho fervendo dentro de mim a responsabilidade de cuidar de vários “filhos” ao mesmo tempo para que esses não sejam os protagonistas das mazelas sociais que aguardam nossa companhia.

“Os erros só existem porque tenho tentado acertar”

    Quando o desânimo me alcança, a minha mestra sempre me lembra que “fui eu quem escolheu isso”, concordo que fui eu quem escolheu o caminho da educação e serei eu quem escreverá uma nova página na história a partir desse sentimento que me move a seguir em frente.

    Confesso a você caro leitor que tenho pensado seriamente em dá um tempo, mas precisamente alguns anos para que eu possa encontrar meu eu antes que os erros me façam acreditar que não sou capaz.

Ailton Barros

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